Livro reúne cartões-postais de um Rio de prédios
baixos, revela aspectos urbanos e naturais do passado e mostra aquela gente que
parecia sair de casa sempre vestida de preto e branco
Ipanema
Corcovado sem Cristo, Pão de Açúcar faltando o bondinho e Praia do Flamengo desprovida de aterro, todos esses lugares-comuns usados para ilustrar como era a cidade de outrora são fichinha perto do que se vê no livro O Rio de Janeiro em Antigos Cartões-Postais: Arquitetura e Paisagismo no Século XX, lançado, na semana passada, pelo designer Leonardo de Mello Ribeiro Pinto. São quase 200 páginas recheadas de fotos em que se revelam rios e ruas que simplesmente não existem mais, prédios que um dia foram “enormes”, mas acabaram demolidos, e, perpassando natureza e edificações, um tipo de gente que também parece ter ficado no passado: homens sempre de chapéu, mulheres portando sombrinhas e crianças com roupas alinhadas — isso sem falar de cenas como cavalos parados em uma Avenida Niemeyer ainda de terra batida, hoje algo improvável e com certeza arriscado, no vaivém de São Conrado-Leblon. Logo no início, dando o tom de nostalgia que define a obra, cita-se o poeta Manuel Bandeira: “Que saudades que eu tenho / do Rio como era dantes / o Rio que tinha apenas / quinhentos mil habitantes”. Em seguida, conta-se como surgiu, no mundo e no país, o hábito de mandar cartões. E aprende-se que “o colecionador de postais não é um mero guardador de retângulos de papel com belas fotos, mas sim um preservador de imagens”. Fruto de consulta a acervos variados, o livro traz cartões-postais com carimbos e selos peculiares — e em alguns casos mantendo até as frases de quem um dia os enviou.
Sinopse: Divulgar a evolução da cidade do Rio de Janeiro, retratada exclusivamente através de cartões postais antigos, é o objetivo do livro, de autoria do designer Leonardo de Mello Ribeiro Pinto e editado pela Documenta Histórica.
Fruto de uma minuciosa pesquisa histórica e iconográfica, a obra apresenta ricas paisagens e monumentos arquitetônicos, e mostra as grandes transformações ocorridas na cidade do Rio de Janeiro nos últimos 100 anos. E uma forma pouco explorada de se mostrar todo esse processo é através de imagens de cartões postais antigos.
A História através de imagens – O primeiro cartão postal foi emitido no século XIX. Emmanuel Hermann, professor de Economia Política da Academia Militar Wiener Neustadt, no Império Austro-húngaro, em carta publicada no Die Neue Freie Presse, de 29 de janeiro de 1869, propôs a adoção do cartão postal, alegando a conveniência do uso de cartas mais simples que aliassem o baixo custo à simplicidade, o que poderia ser obtido com a supressão do envelope. Na época, as imagens eram produzidas através do processo de litogravura e mostravam retratos da guerra franco-prussiana. Depois, os cartões se aprimoraram e passaram a ser confeccionados, utilizando também fotografia, fotolitografia, desenhos e pinturas aquareladas. Em 28 de abril de 1880, os cartões postais chegaram ao Brasil e, desde então, representam um dos mais importantes meios de divulgar as belezas de nosso país.
No caso específico do Rio de Janeiro, o seu crescimento e a sua evolução urbana, como o surgimento de novos bairros, praças, hotéis e aterros, foram registrados por diversos fotógrafos e artistas da época e transformados em cartões postais. Cartões estes que, atualmente, podem ser encontrados em acervos públicos, tais como museus e bibliotecas, ou privados, como no caso de colecionadores. E foi exatamente esta rica coletânea de imagens que serviu de fonte de pesquisa para o livro O Rio de Janeiro em antigos cartões postais: Arquitetura e Paisagismo no Século XX.
Fruto de uma minuciosa pesquisa histórica e iconográfica, a obra apresenta ricas paisagens e monumentos arquitetônicos, e mostra as grandes transformações ocorridas na cidade do Rio de Janeiro nos últimos 100 anos. E uma forma pouco explorada de se mostrar todo esse processo é através de imagens de cartões postais antigos.
A História através de imagens – O primeiro cartão postal foi emitido no século XIX. Emmanuel Hermann, professor de Economia Política da Academia Militar Wiener Neustadt, no Império Austro-húngaro, em carta publicada no Die Neue Freie Presse, de 29 de janeiro de 1869, propôs a adoção do cartão postal, alegando a conveniência do uso de cartas mais simples que aliassem o baixo custo à simplicidade, o que poderia ser obtido com a supressão do envelope. Na época, as imagens eram produzidas através do processo de litogravura e mostravam retratos da guerra franco-prussiana. Depois, os cartões se aprimoraram e passaram a ser confeccionados, utilizando também fotografia, fotolitografia, desenhos e pinturas aquareladas. Em 28 de abril de 1880, os cartões postais chegaram ao Brasil e, desde então, representam um dos mais importantes meios de divulgar as belezas de nosso país.
No caso específico do Rio de Janeiro, o seu crescimento e a sua evolução urbana, como o surgimento de novos bairros, praças, hotéis e aterros, foram registrados por diversos fotógrafos e artistas da época e transformados em cartões postais. Cartões estes que, atualmente, podem ser encontrados em acervos públicos, tais como museus e bibliotecas, ou privados, como no caso de colecionadores. E foi exatamente esta rica coletânea de imagens que serviu de fonte de pesquisa para o livro O Rio de Janeiro em antigos cartões postais: Arquitetura e Paisagismo no Século XX.
Um hotel de Laranjeiras e o
cavaleiro na Niemeyer: mais espaço
Fonte: Veja Rio
Adoro ver fotos antigas do Rio de Janeiro
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