VI Festival Nacional do
Choro conta com shows de grandes grupos do gênero
A Casa do Choro, primeiro
centro de referência ao gênero no Rio de Janeiro, foi inaugurado hoje dia 25/04
com o VI Festival Nacional do Choro. O evento promove palestras e o encontro de
20 grupos, que somam cerca de 160 chorões do Brasil e do exterior. A
programação é gratuita.
Reunindo oito salas de aula,
estúdio, centro de pesquisa e auditório para shows e palestras, a Casa do Choro
vai abrigar e disponibilizar ao público o acervo do instituto relativo ao
universo do choro.
Ao todo, são mais de 15 mil
partituras relacionadas ao repertório do choro desde o século XIX, dois mil
discos de 78 rotações e LPs e vasto material bibliográfico e iconográfico.
Todas as partituras foram digitalizadas e poderão ser consultadas no site.
O local conta com a
administração do Instituto Casa do Choro, sob a presidência de Luciana Rabello
e vice-presidência de Mauricio Carrilho.
Novidades
A Casa do Choro abre suas
portas para visitação pública a partir do segundo semestre. A entrada é
gratuita, exceto em dias de apresentações artísticas - pois estas compõem a
receita que ajudará a custear a manutenção do espaço. Neste período, a Casa
dará início a palestras, workshops, rodas e encontros musicais.
Durante o VI Festival
Nacional do Choro, o público tem a oportunidade de conhecer as instalações.
Confira a programação:
25/04 - Sábado
Praça Tiradentes
14h - Choro na Feira
Nascido e criado no bairro
das Laranjeiras, o Choro na Feira se tornou patrimônio cultural da comunidade.
O grupo conseguiu trazer o choro para a rua — um espaço essencialmente
democrático.
15h – Galo Preto
Comemorando 40 anos, o Galo
Preto marca sua importância no cenário musical com um repertório original e a
preocupação em mostrar que o choro é um gênero vivo. Atualmente dedica-se às
filmagens do longa-metragem “Cantando de Galo”, do diretor Carlos Camacho, que
conta a trajetória do grupo.
16h – Água de Moringa e Joel
Nascimento
Com 25 anos de atividade, o
Água de Moringa homenageia o mestre do improviso e grande nome do bandolim,
Joel Nascimento – personagem do quarto CD do grupo lançado em 2009, “Obrigado
Joel”.
17h – Humberto Araújo e
Quarteto: Zé Paulo Becker, Manoela Marinho, Paulino Dias e Zero
A apresentação pretende ser
uma extensão do elogiado CD, "Choro Criolo" (2004), de Humberto, que
traz choros menos frequentes do repertório das tradicionais "rodas".
Para o show, ele reúne um regional de chorões.
18h – Camerata Brasilis e
Teca Calazans
Com versatilidade, o grupo
transita pelas formações típicas da música instrumental brasileira, como os
regionais, as bandas do interior e os conjuntos de cordas dedilhadas. “Suíte
Popular” é seu novo projeto, apresentado em parceria com a cantora pernambucana
– radicada na França – Teca Calazans.
19h – Marco César, Henrique
Annes e João Lyra
Um panorama do choro
nordestino pelos pernambucanos Marco César e Henrique Annes e o compositor e
violonista alagoano João Lyra. Esse trio realiza importante trabalho em prol da
educação musical, da divulgação e da preservação deste gênero e, hoje, são os
mais importantes representantes dessa cultura no nordeste.
20h – Izaías Bueno, Israel
Bueno, Reco do Bandolim, Déo Rian e Regional Imperial e Luiz Otávio Braga
Pela dedicação, trajetória e
idealismo, Izaías e Israel são quase um patrimônio da música popular
brasileira. Reco do Bandolim atualmente é o líder do movimento do choro em
Brasília. Déo Rian conta com mais de 40 anos de carreira e é um dos mais respeitados
solistas do Brasil.
Eles convidam o violonista,
professor e compositor Luiz Otávio Braga para uma participação especial. O
Regional Imperial foi criado a partir da reunião de quatro talentosos jovens
músicos e será o responsável pelo acompanhamento desses grandes nomes do choro.
21h – Alessandro Penezzi,
Rogério Caetano e Bebê Krammer
Rogério Caetano é
considerado um virtuose do violão de sete cordas. O também violonista
Alessandro Penezzi integrou importantes grupos instrumentais brasileiros como
Trio Quintessência, Grupo Choro Rasgado, Projeto Violões do Brasil, duo com
maestro Laércio de Freitas e trio com Yamandu Costa.
O acordeonista Bebê Krammer
é uma das revelações da música instrumental do Brasil. Ele tira do instrumento
solos de bom gosto e criatividade e compõe com clareza uma nova música usando a
expressão da sua fronteira inicial que é o Rio Grande do Sul.
22h – Os Matutos e Leonardo
Miranda
Os integrantes do grupo
iniciaram suas trajetórias musicais através da banda Sociedade Musical Fraternidade
Cordeirense e aprofundaram seu estudo musical na Escola Portátil de Música.
Para o espetáculo, além de composições e arranjos próprios, convidam Leonardo
Miranda (flauta) e Thiago Osório (tuba) – ambos professores da EPM - para
reviver os tempos de banda tocando um repertório de choros, polcas e maxixes.
26/04 - Domingo
Praça Tiradentes
11h – Época de Ouro
O Conjunto Época de Ouro
representa o choro genuíno dos tempos em que o rádio era o maior veículo de
comunicação no Brasil e a música instrumental brasileira enchia os lares.
Fundado em 1964 por Jacob do Bandolim, o grupo tem uma carreira sólida.
12h – Nó em Pingo D’água
convida Eduardo Silva
Nos seus mais de 30 anos de
atuação, definiu uma nova linguagem para a interpretação do choro e da música
carioca. Com seis álbuns gravados e diversos prêmios, há alguns anos trabalha
repertório autoral. O encontro conta ainda com duas gerações de uma família de
pandeiristas: Celsinho Silva e Eduardo Silva – pai e filho.
13h – Trio Madeira Brasil e
Henrique Cazes
O conjunto carioca de cordas
traz um repertório tão precioso quanto eclético, representando o que há de
melhor na cultura brasileira, e atento a manifestações de outras culturas.
Henrique Cazes tem uma ligação com o grupo há mais de 15 anos.
14h – Mauricio Carrilho
convida Paula Borghi, Pedro Aragão, Dudu Oliveira, Paulo Sérgio Santos, Marcelo
Caldi, Bidu Campeche e Henrique Neto
A apresentação marca o
encontro de várias gerações do choro tendo como anfitrião o mestre Mauricio
Carrilho.
15h – Quarteto Maogani
O quarteto de violões criado
em 1995 é um dos grupos instrumentais mais conceituados no cenário musical
popular brasileiro. Vencedor de diversos prêmios (Prêmio TIM 2005, Prêmio
Rival-BR 2004, Prêmio Caras 2002), o grupo se destaca por sua produção
fonográfica de alta qualidade e presença constante em shows no Brasil e no
exterior.
16h – Luciana Rabello,
Cristóvão Bastos, Pedro Amorim convidam Julião Pinheiro, Magno Julio e Marijn
Van der Linden
Um grande encontro de
mestres e veteranos: Luciana Rabello, Cristóvão Bastos e Pedro Amorim. Como
convidados, dois dos mais destacados jovens da nova geração, Julião Pinheiro e
Magno Julio. Participação especial de Marijn Van der Linden, representante
ilustre do choro internacional – diretamente da Holanda.
17h – Regional Carioca e
Amelia Rabello
Um dos mais jovens conjuntos
de choro do Rio de Janeiro, o Regional Carioca foi fundado com objetivo de dar
continuidade ao trabalho dos conjuntos 'Época de Ouro' e 'Regional do Canhoto'
– as maiores referências na matéria. Com mais de 40 anos de carreira, a cantora
e professora da Escola Portátil de Música, Amelia Rabello representa o que há
de melhor na escola de canto popular brasileiro.
18h - Proveta, Toninho
Carrasqueira e Pedro Paes
O clarinetista, saxofonista,
compositor e arranjador paulista Nailor Proveta é destaque na galeria dos
principais músicos do Brasil. Já Toninho Carrasqueira nasceu numa família
musical. Seu pai, João Dias, foi considerado um dos maiores flautistas e um dos
grandes professores brasileiros. Compositor e arranjador, Pedro Paes é
integrante do Sexteto Mauricio Carrilho e responsável pelo ensino do clarinete
na Escola Portátil de Música.
19h – Zé da Velha e Silvério
Pontes
O trombonista Zé da Velha é
considerado um elo entre duas gerações, a de Pixinguinha (e a Velha Guarda) e a
atual. Seu parceiro é o trompetista Silvério Pontes. Juntos há mais de 20 anos,
os dois são “figurinhas carimbadas” no cenário da música instrumental
brasileira, com um repertório vibrante e criativo que vai do choro ao samba,
passando pelo maxixe.
20h – Hamilton de Holanda
20h30 – Yamandu Costa
A ideia destes dois craques
de carreira internacional e seus emblemáticos instrumentos - bandolim de dez
cordas e violão de sete cordas, respectivamente - é semear a música em sua
excelência. Em 2010 lançaram o disco autoral Luz da Aurora, inspirado em nomes
como Pixinguinha, Villa- lobos, Jacob do Bandolim, Raphael Rabello, Radamés
Gnattali, Tom Jobim, Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti. No mesmo ano, o álbum
foi indicado ao Latin Grammy de melhor disco instrumental.
21h – Furiosa Portátil
Criada em 2005, é uma
orquestra popular formada por alunos, ex-alunos e professores da Escola
Portátil de Música. Sob regência de Pedro Aragão, a Furiosa tem como principal
objetivo mostrar a linguagem orquestral do choro, dando continuidade ao
trabalho iniciado por compositores e arranjadores importantes como Pixinguinha,
César Guerra-Peixe e Radamés Gnattali. Além disso, procura interpretar obras de
compositores da atualidade, visando à renovação do repertório e à procura por
novos caminhos dentro da linguagem do choro.
27/04 - Segunda-feira
Casa do Choro
18h30 - "A Casa do
Choro, a Escola Portátil de Música e Acervo Memória do Choro"
Palestrantes: Luciana
Rabello e Mauricio Carrilho
Homenagem aos 20 anos de
morte de Raphael Rabello.
28/04 - Terça-feira
12h30 – "O Choro no
interior de São Paulo"
Palestrantes: Alexandre
Bauab e Altino Toledo
16h30 – "Panorama do
Choro no Recife"
Palestrante: Marco Cesar
29/04 - Quarta-feira
Casa do Choro
12h30 – "A história do
Clube do Choro de Brasília"
Palestrante: Reco do
Bandolim
"A Escola Brasileira de
Choro Raphael Rabello"
Palestrante: Henrique Neto
16h30 - "O Choro do
Sul"
Palestrantes: Prof. Luiz
Machado e Mathias Pinto
30/04 - Quinta-feira
Casa do Choro
12h30 - "O Instituto
Jacob do Bandolim e os acervos de Pixinguinha e Ernesto Nazareth"
Palestrantes: Sergio Prata,
Déo Rian (Instituto Jacob do Bandolim) e Paulo Aragão
16h30 – Lançamento dos
livros “O Choro” (Alexandre Gonçalves Pinto – O Animal) e "O Baú do
Animal" (Pedro Aragão)
Palestrantes: Nana Vaz e
Pedro Aragão
Rodas de Choro
Após a última palestra do
dia acontecerão rodas de choro no Espaço Dino, Meira e Canhoto. A cozinha fica
por conta da cantora baiana Gloria Bomfim.
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