Fotógrafo exibe flagrantes de contradições da
cidade.
Há meio século, o Rio vivia um de seus períodos
mais contados nos livros de história. Nos anos 60, começava a Ditadura Militar,
mas também havia movimentos que celebravam a música, a arte e a poesia. O
fotógrafo Evandro Teixeira flagrou estes tempos, de chumbo, mas também de bossa
nova. As imagens estão numa exposição que começou no dia 14 e fica até 27 de
fevereiro no Centro Cultural Justiça federal, na Cinelândia, Centro do Rio.
Entre as fotos que mostram a contradição de uma
cidade, há libélulas na ponta de antigos fuzis, a "Passeata dos Cem Mil,
em 1968, e o retrato do jantar dos militares que, naquele dia, conhecido como a
"noite dos generais", decidiram decretar o Ato Institucional número
cinco (AI-5). Em outra foto, a cena, do mesmo ano, mas que parece atual: gente
em meio a gás lacrimogêneo. Há também imagens de musas da bossa nova, como
Leila Diniz.
Para Evandro Teixeira. os contrastes da vida não
poderiam ficar longe dessa relembrança de quem correu o mundo, levou suas
imagens para as páginas de jornais e livros. Uma forma contar ou rememorar que
o Rio gosta da luta, mas sempre sabe que a noite escura e pessimista vai
passar, sobretudo quando temos a nossa música.
O fotógrafo baiano, que já teve sua vida contada no
documentário "Evandro Teixeira: Instantâneos da realidade", é um dos
principais nomes do fotojornalismo brasileiro, com diversos prêmios no
currículo e livros publicados.
A exposição “Tempos de chumbo, tempo de bossa: os
anos 1960 pelas lentes de Evandro Teixeira” é pode ser visitada de terça a
domingo, das 12h às 19h, com entrada gratuita.
Fonte: G1
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