Com arranjos originais
feitos por Carlos Malta, Marcelo Caldi e Jovino Santos Neto, dentre outros,
grupo formado por jovens entre 18 e 22 anos faz última apresentação do ano e
prepara terceiro CD para 2016
A Orquestra de Sopros Pro
Arte apresenta no dia 29/11/2015, às 20h, espetáculo em homenagem ao compositor
alagoano, Djavan. Fruto de ampla pesquisa realizada ao longo do ano pelo grupo,
o espetáculo traz obras dos primeiros 30 anos de carreira do compositor,
resgatando músicas de gravações das décadas de 70, 80 e 90.
O repertório incluirá obras
como “Serrado”, “Capim” e “Bouquet”, dentre outras, todas com arranjos
originais, sintetizando pesquisa realizada pelo grupo ao longo de 2015.
Sob a direção de Raimundo
Nicioli e Claudia Ernest Dias e supervisão musical de Lourenço Vasconcellos, a
orquestra abriu espaço também para jovens arranjadores musicistas do grupo,
como Diogo Acosta e Gabriel Gabriel, autores de arranjos respectivamente para
as canções “Asa” e “Milagreiro”.
Paralelamente, a Orquestra
está em fase de preparação para a gravação do seu terceiro CD, “2 Sanfonas e
Uma Orquestra”, ao lado dos sanfoneiros Kiko Horta e Marcelo Caldi. Com
previsão de lançamento para março de 2016, o CD apresentará obras de Luiz
Gonzaga, Gilberto Gil e outros compositores nordestinos, além de composições
autorais dos músicos convidados.
O projeto conta com o
Patrocínio da Petrobras, Governo do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de
Cultura, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro.
O Sopro da Educação e da
Renovação
Em 1989, um grupo de
crianças e jovens estudantes de música dos Seminários de Música Pro Arte, no
Rio, se reuniu sob a batuta das professoras de flauta, Tina Pereira e Claudia
Ernest Dias. Tina, nascida em São José dos Campos, havia feito uma
especialização em Educação Musical em Salzburg, Austria e queria aplicar o
método aprendido no Instituto Orff. Começou então a usar as canções da MPB como
material didático. Nasciam ali os Flautistas da Pro Arte, que fizeram sua primeira
apresentação no Paço Imperial, homenageando Dorival Caymmi.
De tão envolvente, pioneiro
e proveitoso, o trabalho consolidou-se rapidamente como prática educativa e
artística; em poucos anos, havia um número enorme de pequenos músicos
desenvolvendo seus dotes pelos caminhos da extraordinária riqueza da Música
Popular Brasileira. Alem do uso de uma variada gama de instrumentos, o grupo
desde o princípio já aprendia também a cantar, dançar e se movimentar no palco.
Os projetos se sucederam, homenageando compositores como Dorival Caymmi, Chico
Buarque, Villa-Lobos, Radamés Gnattali João Bosco, K-Ximbinho, Lamartine Babo,
Ary Barroso, Noel Rosa e muitos outros.
Em 2004, os Flautistas já
contavam mais de 70 integrantes – e o método de trabalho permitiu um desdobramento
importante. O grupo foi dividido em dois: os Flautistas da Pro Arte (herdeiros
do nome do projeto), onde permaneceram alunos entre 10 e 18 anos, e a Orquestra
de Sopros da Pro Arte, formada por jovens entre 18 e 22 anos. Tendo sempre à
frente Tina Pereira, Claudia Ernest Dias e Raimundo Nicioli, o novo conjunto
estreou com “A Bênção, Baden!”, na Sala Cecilia Meireles, palco nobre da música
no Rio.
Caminhos da Orquestra
Assim, enquanto os
Flautistas da Pro Arte prosseguiam seu trajeto eminentemente pedagógico de
iniciação musical, a Orquestra de Sopros ampliava seu perfil técnico e
artístico. Alem destes dois polos foi criado outro: Os Flautistas da Marambaia,
o braço social do projeto.
Tina Pereira, Claudia Ernest
Dias e Raimundo Nicioli mantiveram durante todo este tempo a busca pelo apuro
orquestral em repertórios tão diversos como os de Moacir Santos, Radamés
Gnattali, Villa-Lobos e Egberto Gismonti, visando sempre à formação de novos
intérpretes e à renovação continuada dos grupos.
Além de abrir as portas para
os jovens músicos, a Orquestra ganhava arranjos originais de músicos tais como
Carlos Malta, Zeca Assumpção, Caio Senna, Raimundo Nicioli e Bia Paes Leme,
entre outros. “Nossos instrumentistas sempre têm a chance de tocar e também de assumir
o papel de monitores”, explica Claudia. “Assim, a Orquestra é um fator
multiplicador em várias frentes”.
O primeiro CD saiu em abril
de 2008, pelo selo Rádio MEC; no repertório, obras de Moacir Santos, Radamés
Gnattali, Tom Jobim, Baden Powell e Hermeto Pascoal. Em setembro de 2008, após
o falecimento inesperado da regente Tina Pereira, Raimundo Nicioli assumiu a
direção da Orquestra. Nos dois anos seguintes, a Orquestra celebrou Luiz Eça e
Egberto Gismonti. Em 2011, foi Guinga o artista que esteve no centro das
homenagens, dividindo o palco com o grupo.
Em 2012, Gilberto Gil
entrava na roda – e, no ano seguinte, a Orquestra ainda faria com o compositor
a apresentação no Festival MIMO 2013, em Ouro Preto e Olinda. Em 2013, Milton
Nascimento e João Bosco ganhavam suas homenagens.
Em 2014 a Orquestra de
Sopros Pro Arte gravou o seu segundo CD, “Festejo”, que contou com as
participações especiais dos artistas já homenageados pelo projeto em anos
anteriores, Egberto Gismonti, Guinga, Gilberto Gil, João Bosco. Lançado em
2015, e com boa recepção da crítica especializada, o CD fez parte das
celebrações dos 25 anos de atividades do projeto Flautistas da Pro Arte.
O que: Orquestra de Sopros
Pro Arte – homenagem a Djavan
Onde: Espaço Tom Jobim, Rua
Jardim Botânico, 1008. Jardim Botânico -(21) 2274-7012
Quando: 29/11/2015
Horário: 20h
Ingressos: R$40 inteira
(meia entrada para estudantes e idosos)
Classificação: Livre
Capacidade: 400 lugares
Estacionamento pago no
Jóquei Clube (entrada pela rua Jardim Botânico)
0 comentários:
Postar um comentário