O show é todo baseado no
último CD - Herança do Samba, que traz “Santo Amaro à Madureira”, “Ouro
Tesouro”, “Fechou o Tempo”, entre outras, que remetem às melhores sambas de
roda. Com Marquinhos, os músicos Marcio Vanderlei - Direção Musical / Cavaco,
Hudson- Violão 7 Cordas, PC - Flauta e Sax, Carlinhos Tcha Tcha Tcha – Surdo,
Beloba –Tantan, Pirulito – Percussão e Alex Almeida - percussão geral
Guardião da identidade
carioca
A figura sisuda, imóvel e
atenta, por vezes uniformizada, acompanha a imagem convencional do guardião. A
terra carioca oferece outro estilo de vigia, que carrega, em ritmo e poesia, a
missão de proteger e preservar um dos alicerces de nossa identidade: o samba. Pelo
talento deles, floresce a música apaixonante, da magia que se renova à
eternidade. Como as que constroem esta obra de Marquinhos de Oswaldo Cruz – o
trabalho definitivo de um bamba.
Pelas músicas, desfilam
emblemas da cultura popular, cenários inspiradores de sambistas de todas as
épocas, as crenças mais sólidas e as histórias que conjugam humor, paixão e a
vida cotidiana, na sua crueza, na sua poesia. Ainda celebram baluartes que
ajudaram a firmar o encanto brasileiro. Produzida pelo maestro Ivan Paulo
(autor também dos arranjos), sob direção de Ana Muller, uma dúzia de joias para
ouvir, decorar, esquecer jamais.
A primeira delas pavimenta a
conexão Rio-Bahia, de “Santo Amaro, Cachoeira, Oswaldo Cruz e Madureira”, como
ensina o refrão-acalanto de “Santo Amaro a Madureira”, sob as bênçãos de “Oxum
oraieieôoraieieôoraieieô”.A participação das Yabás – protagonistas da feira
incrível, mantida por Marquinhos em domingos mensais na Praça Paulo da Portela,
na Oswaldo Cruz que o batiza – enfeita a canção, reverência a quem merece: “Já
pedi a mãe Luiza / para abençoar/ Tia Doca, Tia Surica/ vem aqui sambar/ Na
lavagem ou boa morte / eu também vou lá”. Um espetáculo.
É com as mães garantidoras
da comida africana da feita que surge um poutpourri extraído das mais legítimas
rodas de samba. Depois, vem o “Malandro Chiclete”, o que “Diz que é matador, do
Fumacê o vapor/ Só se for do mata mosquito que ele vos fala”, viagem de
Marquinhos pelo humor ferino dos bambas.
Serviço:
O que: Marquinhos Oswaldo
Cruz no Solar de Botafogo
Onde: Centro Cultural Solar
de Botafogo, R. Gen. Polidoro, 180- Botafogo. Tel: 21 2543 5411
Quando: 21/05/2015, às 21h30
Ingresso: R$ 50,00 (inteira)
R$ 25,00 (meia) R$ 30,00 (lista amiga / os 70 primeiros)
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