Palco de
reuniões de chefes de Estado e de decisões políticas importantes, o Palácio
Guanabara, em Laranjeiras, abre suas portas para o grande público a partir do
dia 31 de janeiro. A visita guiada acontecerá todo último sábado de cada mês,
às 9h e às 10h30, e pode ser agendada através do e-mail visitaguiada@casacivil.rj.gov.br. Os
interessados devem enviar nome completo, número de documento de identidade com
foto e telefone para contato.
Iniciada
no Salão Nobre, as visitas vão contar com a participação de estudantes do curso
de Turismo e Hospitalidade do Senac RJ, parceiro do Governo do Estado no
projeto.
Construção
conta a história do estado e do país
O início
da construção do Palácio Guanabara data de 1853, para servir de residência
familiar. Em 1864, foi vendido à Família Imperial, que o reformou para receber
a princesa Isabel e seu esposo, o Conde d’Eu, passando a se chamar Paço Isabel.
Na época, foram plantadas diversas plantas exóticas no local e uma fileira
dupla de palmeiras imperiais na recém-inaugurada Rua Paissandu. O espaço foi um
dos mais importantes locais de reunião do Rio de Janeiro, até então único
grande centro urbano do país.
Em 1890,
a construção foi declarada patrimônio nacional e recebeu seu nome atual,
Palácio Guanabara. No decorrer dos anos, foi moradia oficial de presidentes da
República, como Marechal Hermes da Fonseca, Getúlio Vargas e Eurico Gaspar
Dutra, último a viver no palacete, na década de 40. A partir de 1946, o palácio
passou a abrigar a Prefeitura do Distrito Federal até a criação do Estado da
Guanabara, em 1960. Desde então, a construção se tornou sede do Governo do
Estado e recebeu governadores, entre os mais antigos Floriano Peixoto Faria
Lima, Antonio de Pádua Chagas Freitas, Leonel Brizola e Marcello Alencar, e
atualmente o governador Luiz Fernando Pezão. Em 1968, ganhou o Prédio Anexo,
com seis pavimentos, onde funcionam hoje as subsecretarias da Casa Civil e de
Governo. O prédio abriga ainda o gabinete do vice-governador.
Atualmente,
a construção mantém características centenárias que conferem beleza especial ao
local. No caso do jardim, o desenho foi idealizado pelo paisagista francês Paul
Villon no começo do século 20 e se mantém intacto até hoje. No local, está o
chafariz de Netuno, pequeno lago com a estátua do deus da mitologia romana que
foi desenvolvida pela Fundição Val d’Osne, mais importante fundição do século
19, localizada na França. O jardim também é adornado por alamedas de palmeiras
imperiais e árvores frutíferas exóticas, como mangueira, caqui-preto,
pêssego-da-Índia e olho-de-dragão.
Outra
“joia” do Palácio Guanabara é o calçamento “pé de moleque”, encontrado em 2011
na parte interna da construção durante as obras de restauração. A técnica de
calçamento, trazida de Portugal para o Brasil por volta do século 17, era usada
em casarões do período colonial em áreas destinadas aos escravos. Os exemplares
do palácio receberam cobertura de vidros resistentes e iluminação especial.
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