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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Lançamento do livro: 'Geografia da música carioca': um passeio do choro ao funk



Livro de João Carino e Diogo Cunha será lançado em 5 de fevereiro, na Travessa de Botafogo

Escrito pelo produtor João Carino e pelo pesquisador Diogo Cunha, com patrocínio da Imprensa Oficial, Geografia da Música Carioca (Muriqui Livros) terá lançamento na Travessa de Botafogo em 5 de fevereiro, a partir das 19h. 

 Ao longo de 314 páginas, a dupla faz um giro pela cena musical carioca, através de movimentos e personagens de destaque. Eles também trazem novidades à história. Você sabia que “Pelo telefone” não foi o primeiro samba a ser gravado, em 1915, como reza a lenda? E que o gênero que embala os nossos Carnavais é muito mais uma herança indígena do que negreira? Curiosidades como essas são detalhadas no livro ‘Geografia da Música Carioca’ (Ed. Muriqui Livros, R$ 34, 314 págs.), dele e de Diogo Cunha, que terá lançamento na livraria Travessa de Botafogo em 5 de fevereiro. “O livro é fartamente ilustrado, com imagens raras, algumas até inéditas, de nomes que fizeram a história da música na cidade, de Pixinguinha ao DJ Marlboro”, ressalta Carino.

O livro começa ao som dos índios dançando e batendo tambor, nossos primeiros caciques de Ramos, e desce até o rebolado sensual do baile funk. Existe esperança para a música nascida em solo carioca? Os autores apostam que sim. A prova são os versos de Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc e Moacyr Luz: “Brasil tira as flechas do peito do meu padroeiro, que São Sebastião do Rio de Janeiro ainda pode se salvar”.

Apresentador de um programa de choro na rádio MEC e produtor de CDs de artistas como Chico Buarque, Ivan Lins e Beth Carvalho, o autor confessa que não foi seu prato predileto escrever o capítulo sobre o funk carioca, usualmente alvo de preconceito dos ditos “puristas da música”.

O livro, portanto, sugere uma viagem pelos gêneros que fizeram história na cidade, tenham eles certidão de nascimento lavrada ou não nos cartórios de São Sebastião do Rio de Janeiro. “Na Tijuca teve um movimento musical bem carioca, com Roberto e Erasmo Carlos e que deu na roqueira Jovem Guarda”, destaca o autor.

‘Geografia da Música Carioca’ traz ainda histórias de canções, seus principais compositores e intérpretes, lendas e curiosidades. E a tal polêmica sobre o primeiro samba gravado? “A mesma gravadora Odeon que registrou ‘Pelo Telefone’ em 1916, já havia registrado uma série de discos, entre 1912 e 1914, com músicas identificadas como sambas. Os registros não param por aí: há gravações lançadas anteriormente a 1916 tais como ‘Samba do Urubu’, com o Grupo do Louro, ‘Samba do Pessoal Descarado’, com o Grupo dos Descarados”, lista. “Não se pode concluir qual foi o primeiro samba gravado, mas podemos afirmar que, com sucesso de ‘Pelo Telefone’, o samba recebeu uma certidão de nascimento”.

Serviço:
O que: Lançamento do livro Geografia da Música Carioca, escrito pelo produtor João Carino e pelo pesquisador Diogo Cunha Onde: Travessa de Botafogo, Rua Voluntários da Patria, 97 - Botafogo, Rio de Janeiro - RJ, Tel. 3195-0200
Quando:
5 de fevereiro, a partir das 19h.

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