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terça-feira, 27 de maio de 2014

Do Valongo à Favela - MAR


Hoje acontece a abertura da exposição Do Valongo à Favela no Museu de Arte do Rio. A exposição a exposição reúne obras históricas e contemporâneas que têm como tema a região portuária do Rio de Janeiro. O recorte apresenta, entre outros aspectos, o comércio de escravos na região do Valongo e o surgimento da primeira comunidade de moradia informal no Morro da Favela, que marcaram e transformaram o local onde hoje mudanças continuam a ser processadas. Como curadores: Rafael Cardoso e Clarissa Diniz.

 A exposição mostra a parte do Rio de Janeiro que corresponde hoje aos bairros da Saúde e da Gamboa da  qual pode ser considerada a primeira periferia do Brasil. Ao longo do tempo foi sendo transferida para a região uma série de atribuições indesejáveis para a porção da cidade considerada mais nobre. Com o aumento das atividades portuárias, o carregamento de mercadorias passou do antigo cais próximo ao Largo do Paço (atual Praça XV) para a Prainha (hoje Praça Mauá). Não somente ouro e diamantes escoados de Minas Gerais, como também a carga humana trazida da África, faziam parte desse tráfico de coisas e de gente. Já no século XVIII, o mercado de escravos se estabeleceu próximo dali, na Rua do Valongo, seguido de perto pelo Cemitério dos Pretos Novos. Os chamados “usos sujos” se multiplicavam*. A prisão do Aljube foi instalada em 1733, perto do trecho onde hoje se entroncam as ruas do Acre e Leandro Martins, enquanto o Hospital da Saúde – para doenças contagiosas – tinha sua localização entre a Rua da Gamboa e o Saco do Alferes, próximo ao Cemitério dos Ingleses. Volta e meia, a Forca Pública era armada na Prainha e os condenados levados à Igreja de Santa Rita para receber as últimas consolações.


Do Valongo à Favela: imaginário e periferia ocupará integralmente o terceiro andar do MAR, reunindo ampla seleção de imagens e obras divididas em oito núcleos significativos:
 Praia Formosa
 Rua do Valongo
 Pequena África
 O Bairro Rubro
 Praça Mauá
 Problema Social
 Fato Estético
 Periferia é periferia


Serviço:
Local: Museu de Arte do Rio, Praça Mauá, 5, Centro, Rio de Janeiro/RJ
Informações: (21) 3031 2741 - Pavilhão de Exposições - 3º andar
Ingresso: R$8,00
Data: 27/05/2014 a 15/02/2015

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